quinta-feira, 9 de outubro de 2014

QUEM ÉS TU ou MARCA? ... A Águia e a Galinha


      Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim:

       Naturalista: Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
       Camponês: De fato, é uma águia. Mas eu criei como galinha. Ela não é mas uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
       Naturalista: Não  Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar ás alturas.
       Camponês: Não, não. Ela virou galinha e jamais voará como águia.



   Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
       Naturalista: Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe!
       A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. 
       Camponês: Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
       Naturalista: Não. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe:
       Naturalista: Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
       Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. O camponês sorriu e voltou à carga:
       Camponês: Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
       Naturalista: Não. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma ultima vez. Amanhã a farei voar.



       
       No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
       Naturalista: Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!

       A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre se mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...


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